sexta-feira, 29 de maio de 2009

Chutando pedras.

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Então, chega uma hora que ele se dá conta de que está andando ao lado da sarjeta, chutando aquelas pedrinhas que aparecem e somem do nada, quando se anda por aí.
Sensação de solidão... músicas na cabeça, rodopiando e se confundindo com tudo o que têm acontecido nas últimas semanas. Ou foram meses?
O céu lá em cima é cinza nevado, tudo parece se arrastar.
A única coisa que poderia ser um escape é o grito... mas ele fica contido na cabeça e nos pulmões.
Escape.
Palavra engraçada, hein?

Para onde ele está indo? A resposta não é muito racional. Se ao menos eles estivessem ali, poderiam sair cantando as canções que andam nas mentes de todos, entre a lógica e o caos.
Placas, carros, lojas, pessoas, sons, cores. Frio.
Tropeços.
Agora, a vida é feita de tropeços: nunca parando de vez, nunca andando de vez.
Socada, súbita.
Quase irônica.

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