domingo, 10 de fevereiro de 2008

Escola ! (Here we go again)

Segunda feira, depois de dois meses (generosamente falando), a gente volta para um lugar que as vezes parece mais a nossa casa do que qualquer outro. Salvo algumas excessões.
Eu não gosto exatamente da escola. Não sou a melhor aluna e nem a mais badalada (longe de tudo isso, muito longe), não tenho tantos amigos quanto podem pensar ou tantas ganas de aprender inglês ou matemática.
mas a escola é realmente um ambiente engraçado.
Uma bela amostra do massacre real em que vivemos... onde a nossa auto-estima é constantemente atacada pelos nossos sábios mestres, que insistem em afirmar que NÃO DEVERÍAMOS NEM SONHAR com Fuvest ou alguma UF, se continuarmos assim. A pressão política e monopolização do poder também são bem claras. Onde mais se elegeria representantes sem ao menos uma campanha?
Não, não quero parecer partidária de nada. Aliás, a coisa que eu mais estranho na escola é a posição política que muitas vezes toma, quando deveria ser totalmente neutra. Mas isso é um assunto muito sério e melhor tratar dele depois.
Enfim, fora esses problemas, ainda nos vemos no meio de 'disputas por posse' de postos, namorados, turmas, títulos e etc. que realmente eu não entendo. E ainda têm os Grandes Acontecimentos Comentados, como o dia em que a menina do terceiro ficou bêbada e dançou macarena em cima da mesa, naquela festinha... ou então sobre, bem, vocês sabem... O fato é que os Grandes Acontecimentos podem marcar a vida de algumas pessoas para sempre. E com certeza render muitas risadas. Ou choros.
Tudo depende do ponto de vista.
Falando em ponto de vista, melhor mudar ele. É lá (na escola) que a gente conhece a maioria das pessoas que fazem parte pelo menos eu um pedaço da nossa história. Que, não se sabe se por destino ou por acaso, viram tão importantes e vitais para nós quanto poderíamos pensar. Emprestam dinheiro, passam cola, dividem Coca, dão conselhos, guardam segredos, pisam na bola, brigam, são injustos, ajudam a estudar, roubam coisas, riem, cantam (e quanto a gente canta na escola!), entendem ou não entendem... mas enfim, são amigos. Pode ser um, dois, vinte... mas são.
E tem a cantina, com os salgados de queijo mais suculentos e a opção de pagar na outra semana (se bem que esse ano eu prometi a mim mesma não fazer conta). E a biblioteca, onde as idéias são discutidas, onde as brigas são feias, onde as zoeiras são muitas e o espaço é rezoavelmente confortável. Quantas horas já passei lá, discutindo, jogando, lendo, conversando, e pensando? Não sei... mas todas ficam guardadas como horas especiais.
E as histórias? Coisas que SÓ acontecem na escola. Jingles fazendo propaganda de professores, apelidos, bilhetes, situações... tudo isso em meio a tentativa deles - tantas vezes frustrada - de colocar algo nas nossas cabeças cheias de vento.
Nisso eu digo que me sinto culpada. Muitas vezes a gente é cruel demais com os mestres.


Grande mentira.

Bom, eu penso nisso tudo e me dá vontade de voltar lá. Apesar de as vezes me sentir um micróbio naquele lugar. Eu me sinto um micróbio feliz. E tem tanta coisa pra contar, tanta coisa pra ouvir, tanta coisa nova pra saber (porque mesmo que eu seja uma loser das Ciências, eu gosto delas), tanta saudade pra matar. Saudade desde as pessoas queridas até das carteiras, que não vão estar rabiscadas com nomes nem nada, como de costume.
Mas nisso a gente dá um jeito bem rápido.

Já tenho até o poema pra escrever na minha nova carteira.
So, here we go again!




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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Os começos, os meios e os fim's.

Bom, aqui estou eu, depois de umas duas ou três horas arrumando aqui, ajeitando ali, fiz meu mais novo velho blog de sempre. O nome é o mesmo, o lugar é diferente.
Fico pensando que mania minha é essa de fazer blog. Eu devo mesmo ser uma nerd pra escrever, e ninguém ler, e eu continuar escrevendo. Mas no fundo, o prazer de escrever bogagem supre qualquer frustração causada pela falta de 'leitores' (ou não). E a vontade de escrever somada a falta do que fazer me trouxe ao jeans e coca cola versão 2.0 - tá que eu me empolguei quando vi o blog de um amigo meu, o abaura, e então senti saudade e voltei.
É, quando você começa, é difícil largar.
Mas enfim, mais um começo, em meio a tantos outros...
Acabou carnaval, começou o ano... segunda feira começa a escola e a escola de música... Ano corrido...
É engraçado pensar em como as coisas começam e acabam de repente na vida da gente. Algumas coisas parecem que nunca acabam, e, quando acabam, a gente perde o chão. Outras acabam tão cedo quanto começaram, outras são difíceis de começar, e outras começam tão naturalmente que a gente nem percebe. Algumas acabam relativamente cedo demais (ou será que começaram cedo demais?), outras são tão perenes (palavra estranha essa) que não têm início e nem fim, se for analisar bem de perto.
Mas pensando bem, o começo e o fim das coisas não importa muito. O que importa mesmo é o meio. O que acontece entre o começo e o fim. Não importa o tempo que o começo e o fim tenham, o que importa é o que acontece nesse tempo entre o começo e o fim. Isso é que faz toda a diferença. É pelos meios que a gente sabe diferenciar um começo de outro, e um final de outro.
Por isso eu não ligo de fazer outro blog, mesmo sendo quase 4h da manhã e eu precisando acordar cedo amanhã. Porque eu sei que os meios valem muito. E mesmo que esse acabe, ou eu simplesmente suma (não vou prometer nada...), pelo menos ele teve um meio.



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